sábado, 27 de setembro de 2008

CÂNTICO DE AMOR

Ainda que eu olhasse as paisagens da vida e depurasse com o olhar o sabor do mais puro mel;



Ainda que o colorido do arco-íris mostrasse-me a paz adormecida, e os espinhos do caminho não me fossem tão cruel.



Ainda que a alegria fosse-me contínua e acolhida como o mais gratificante sorriso,

e ainda que os vendavais da vida,

fossem-me arrebatados de todos os meus tristes momentos;



Ainda que os mais nobres pensamentos e os meus mais edificantes ideais fossem os alicerces dos mais belos jardins, e os rouxinóis entoassem os cânticos mais belos e divinais;



Ainda que todos os meus versos poéticos fossem a entonação de todas as canções e dos mais belos madrigais;



Ainda que eu sentisse em meu rosto a carícia contínua da brisa do mar, e ainda que meu coração fosse uma eterna fonte de calor e eu jamais deixasse de amar, mesmo assim, se eu não tivesse amor, eu seria como a ave solitária,

pela vida tristemente a vagar.