terça-feira, 2 de setembro de 2008

A caridade

Tem gente que acredita que fazer o bem é o máximo,
e sonha sempre sobre o que faria se pudesse.
Pensa no que poderia estar fazendo se a situação fosse outra,
imagina quantos pobres ele poderia ajudar
se ganhasse sozinho na Mega-Sena...

Outros sabem que fazer o bem rende pontos no céu,
e se estivessem em condições fariam muita coisa boa por ai.
Ah! se tivesse um tempo para visitar aquele orfanato,
quem sabem passar o domingo a tarde no asilo perto de casa...

Mas, os miseráveis e desvalidos não precisam se preocupar,
tem muita gente esperando receber uma herança,
uma restituição, uma aposta que fez,
para distribuir cestas básicas e roupas,
se as pessoas não morrerem de fome ou frio antes...

Graças a Deus existem pessoas que não pensam no que tem, e dividem,
não esperam pelo que poderá nem aparecer, vão lá e fazem,
existem os que não esperam recompensa,
e nem aguardam o obrigado quando fazem o que podem.

Esses, os anjos silenciosos do amor, descruzam os braços,
repartem o pão, pedem pelos que não podem falar,
amparam os desvalidos, com uma palavra, um pedaço de pão,
uma visita no hospital, um olhar de compreensão,
estão sempre prontos para servir
e se comprazem no bem que podem fazer.

Não esperam Jesus voltar,
não se perdem em leituras,
nem se fiam em promessas,
simplesmente seguem fazendo o bem,
porque foram transformados de verdade,
tocados pelo amor ao próximo,
cidadãos do Universo,
filhos da Luz,
seguidores do Cristo vivo,
aquele que não ficou na cruz.