segunda-feira, 1 de setembro de 2008

AMOR SEM FIM

Que mais haverá a dizer de ti, meu amor,
que ainda não tenha sido dito, com a
mesma naturalidade, que a maré, ao pousar
suas águas cristalinas, na linha da praia?

De mil e uma maneiras, teu rosto moldado,
pelas minhas mãos, em extremo cuidado,
já o expus, em toda a sua benevolência,
para que outros desfrutassem, de sua beleza.

E há um sorriso, que sobressai, encanto de
meus dias mais tristes, quando recorro a ele,
para, enfim, adormecer, em paz com o mundo.

Amo-te, como se não houvesse hoje, e todas
as recordações fossem nossas! a lembrança
do primeiro beijo, respirando em nós.

És tudo que mais quero e almejo, musa de
meus versos, companheira de todas as horas,
em que a noite reina mais cedo, como
sombra de gatos, importunando nosso sossego.

Minha Mulher, tão amada, que, nem por um
instante, me deixaste só, devo-te a existência
e o respeito duradouro.

E a ti devoto meu dias, fino cristal, que nunca
se quebrará, por ser íntegro teu ser e o nosso
amor sem barreiras –

velas enfunadas, às tuas praias, aportarei, e, aí,
ergueremos nossa casinha, bambinelas dependuradas.