quarta-feira, 1 de julho de 2009

“Amigo?”

Não se tripudia um amigo

Na expressão que fere, incredulidade

Mais um ano se passou, eu acreditei em você

Não observou, não buscou discernir como amigo

Não vejo seu rosto, só enxergo o ator

Do palco vazio, a platéia acabou...

Aclamação....Você não merece

Sabe ainda sinto teus beijos

Assim como Judas muito mais que três

Na chegada ou na saída...Você me traiu!

Amigo sem mérito, sem camuflagem,

Sem calúnias, arrogâncias, sem teatro

Sua peça acabou, Você não encenou,

O pano desceu, sua fala esvaneceu,

Você não fez jus...Ser amigo!

Arremessar no lixo sentimentos

Mãos estendidas, abraços ursos,

Eu perdi um presumido amigo,

Você perdeu uma amiga,

Fui tua irmã, de fé, parceira,

Estive ao teu lado de todas as formas,

Atravessando oceano, solidificando,

Em horas desencontradas, não te deixei só...

Vi teu sorriso, hoje sei hipócrita.

Não preciso dizer:

Tua máscara caiu, teu sorriso sumiu,

Teu olhar obscureceu, tua voz silenciou,

Sua mão estendida no ar ficou...

Sua amizade estilhaçou...

Sua amiga... Partiu !