terça-feira, 1 de julho de 2008

Jangada Errante

Queria sair ao mar numa jangada errante
tocando meu violão na madrugada,
interrogando à lua prateada
que faço com este coração vibrante.

Mas a lua se esconde, já distante,
e o sol da praia azul estonteante
não quer saber da pergunta atrapalhada
e vai brincar com o vento na enseada.

Talvez nem saiba a resposta que desejo
ou não queira responder, com pejo
porque já não entende de sonhar.

E este meu coração abandonado,
nascedouro de medos e carências
fica ali, sem resposta, à beira-mar.