quarta-feira, 30 de julho de 2008

Mutações...

Tudo... Tudo foi... Tudo será sempre!
Nada vejo, além da saudade infinda...
Mudou a rua... Mudei eu... Meus anseios,
Meus pensamentos... Mudou minha vida!...

São mutações tantas que já nem sei...
Aquilo que me parecia lindo e eterno,
Ficou na lembrança dos dias idos...
Fragmentos... Pedacinhos tão ternos...

Muitos sonhos escaparam sem remédio,
Como andorinhas em louca debandada...
Nem percebi, nem notei ou me preocupei...
Outros chegaram sem aviso ou hora marcada.

Mudando meus passos, mudando a estrada,
Mudando a paisagem, meu rosto no espelho.
Mostrando o quanto é efêmera a existência,
Vi tantas lágrimas entre cravos vermelhos!

Mutações... Apenas mutações apressadas,
Nunca em meu porto seguro pude ancorar!
Um frágil barco navegando sem leme...
Jamais poderá enfrentar o alto e bravio mar!

Vão as expectativas como grãos de areia...
Escoando entre os dedos... Sumindo...
Desfazendo anseios da felicidade possível.
E o tempo inclemente vai voando, urgindo!

Só não muda esse amor descomunal!
O amor que bem sei, é tão grande em ti!
Mas que nos faz sofrer tanto... Tanto!...
Por que esse amor teima em estar aqui?

Se tudo muda... Se tudo se transforma...
Por que temos que sofrer tanto assim?
Por que a sorte não nos acena de uma vez?
Permitindo que possamos ser felizes enfim!