Nossas Ocasiões
Debruçei-me no limite da sensação.
Onde meu desejo inclemente indicou,
Ser o lugar ideal para enfim entender,
E portanto, melhor sentir tua ocasião.
Aquele momento no qual o ar escapou.
Fazendo matéria e alma perderem a calma.
Na claustrofobia lógica da falta de espaço,
O sinal aflito que teu olhar me enviou.
O anacronismo bêbado de nossos sentidos.
Que dorme na tênue lacuna do tempo sólido.
Molhando os lábios excitados com conflitos.
O termo que se oculta na evasiva da exatidão.
Porque certeza não existe sem ser antes palpite.
Ver até aonde vai um amor que é pura paixão.
|