Não Me Sinto Culpada
Surpresa e feliz com tuas declarações
De amor por mim
Vesti minhas respostas de dourado
Sentindo refulgir em meu cerne
A luz da verdade em tuas palavras...
Tentei transformar sentimentos emoções
E toda minha ternura
Na mais bela sinfonia
Mas incapaz escrevi simples poesia!
Distante do teu próprio contexto
Jamais me senti pronta a realizar projetos
E incluir-me em teu universo
Ah quanto esperei e quanto implorei às divindades
Que nos tornassem eternamente unos!
Infelizmente tua abstração em não sentir
Nem ouvir minhas súplicas de amor
No clamor de cada verso
Que por certo julgavas sem sentido!
Porém para mim nada está perdido
Não encontro labirintos perto nem distantes
Que de ti me apartem...
Não há que haver vãs tentativas
Para que as sementes do amor
Germinem entre almas predestinadas
A se amarem e se unirem
Mesmo que uma das partes não o sinta!
Há sim que transcenderem fronteiras intransponíveis
E partirem para a realidade dos sonhos
Antes que eles feneçam como a delicadeza das flores
Sem esperança da existência de uma pequena fonte à sua frente
Que lhe sacie a sede na falta do orvalho das noites!
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