quinta-feira, 5 de novembro de 2009

APRENDIZADO

Tu aprendes sempre... o aprendizado
Não se esgota... até quando a vida finda,
Ele vem no teu silêncio mais calado
E te diz... agora sabes mais ainda...


Teu amor e tua sensibilidade
São motores do teu velho coração,
Que suporta tanta dor, tanta maldade,
Tanta angústia, tanto medo... e solidão.


Estar só é não sentir calor humano
No silêncio, quando a dor sente saudades...
Mas se a dor vê o amor em outro plano,
É no amor que a dor dói mais, com mais verdade.


Cicatrizes são lembranças registradas
Nessa carta que o passado nos envia,
Quando as dores doem mais desesperadas
E as almas são mais tristes e vazias...


Entretanto se as marcas produzidas
São olhadas de maneira natural,
Elas são o que ficou dessas feridas
Que agora nunca mais nos farão mal


Só te curas, quando a dor que te maltrata
Não te mata, entretanto te acostuma
A entender que em tua dor, o amor resgata
A esperança de viver... sem ter nenhuma.

Todo dia, a cada instante... toda hora,
Há uma dor que nos maltrata e incomoda,
Quando as dores finalmente vão embora,
Uma flor nasce do amor que alguém nos poda.


É assim a nossa vida... a experiência
Não repousa nessa vã filosofia
Que discorda muitas vezes da ciência
De viver a vida sem hipocrisia...


Todavia, na razão que paira leve
Sobre a lógica sublime de uma dor,
O amor brinca com a dor e a torna breve,
Porque ela é a razão do próprio amor.