Quem és tu senhora
Oh!... Alma infeliz, quisera eu
Poder abrandar teu coração doente...
Tirar de ti o vírus do ódio ardente.
Povoar de bondade teu coração e mente!
Mas o peso da idade... Nada te ensinou,
Segue a tua existência sempre demente!
Tu, tentando, indo por caminhos indecentes,
No teu peito... Há um ninho de serpentes!
Falas em Deus, em bondade, amizade,
Mas no teu escuro quarto armas ciladas,
E na manhã, és um camaleão horrendo,
Camuflando as tuas traiçoeiras facadas!
Até quando... Até quando seguirás
Alma penada, com as tuas perfídias?
Que culpa tenho eu se és um nada?
Se por merecimento, foste banida?
Malogrado é o teu dia, tua noite!
Jamais te darás por vencida, oh fera!
Porque o êxito de cada um, para ti,
É um punhal que a tua alma dilacera!
Nada mais podes fazer... O tempo urge,
O espelho todos os dia te pergunta...
Quem és tu senhora insana e ridícula?
E tu respondes uma pobre moribunda,
Perdida no ódio, na maldade fecunda!
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