quinta-feira, 5 de junho de 2008

CRISTALINO

E cai a noite, por sobre o rio,
cobre-o a lua com seu manto,
e eu não sei se choro ou sorrio,
diante de tamanho encanto.

Salpicadas d’estrelas, as águas,
correm serenas, mar adentro,
vai-se a solidão e vão-se as mágoas,
absorto que estou e atento…

Ao desenrolar da natureza,
que me faz parte integrante,
dos caniçais a grand certeza,
de em tudo ver meu semelhante.

E enquanto o rio corre seu torpor,
buscando rumo e serventia,
há um chamamento ao amor,
que virá com o nascer do dia.