sexta-feira, 13 de junho de 2008

CALMA CORAÇÃO

Ah! coração impertinente!
És um fraco, submisso e indolente,
Neste bater intermitente
Que consome meu viver.
És imperioso quando implicas
Angustiado ao forçar tuas conquistas
Perde a maneira mais fácil de escolher.

Ah! coração, és infalível,
Nessa tua busca insana e incrível
Pela pura ansiedade de amar;
Salta desordenado dentro do peito,
Grita e quer a pulso ser perfeito,
Mesmo sabendo que não deve se exaltar.

Calma coração! Sê coerente!
Deixa que o amor tão simplesmente
Se chegue no conceito de aceitar.
Não tenha timidez, mas também não se arvore,
Sinta somente, antes que o fogo te devore
E te transforme numa bomba a explodir.

Cuida coração, seja mansinho,
Que o teu jeito há de atrair certo carinho,
De um amor tão meigo e tão certinho,
Que para sempre ficará grudado em ti.