sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

OUÇAMOS TAMBÉM

. . . Depois, erguendo os olhos ao céu, Jesus disse: Efatá - que quer dizer: Abre-te.
(Marcos, 7:34.)


A palavra do Cristo, ao surdo e gago, intimava-lhe as faculdades do espírito a se abrirem para a vida.

Quantos de nós precisamos hoje consagrar atenção ao divino apelo? Quantos problemas nos cruciam a alma, por trancá-la às sendas libertadoras que a experiência oferece?

Encerrados, quase sempre, no poço do eu, nada mais lobrigamos que a sombra das ilusões a que nos afazemos, esbanjando tempo e força em lamentáveis reclamações.

O Senhor nos solicita a descerrar passagens no mundo íntimo, a fim de que os dons inefáveis da Espiritualidade Superior nos enriqueçam de alegria e de luz.

Necessário verificar se carregamos sentimentos e raciocínios, olhos e ouvidos, lábios e mãos fechados ao entendimento e ao serviço.

Indispensável abrir o coração à bondade, o cérebro à compreensão, a existência ao trabalho, o passo ao bem, o verbo à fraternidade. . .

Não só isso.

Imperioso abrir igualmente o livro edificante ao estudo, a bolsa à beneficência, a capacidade à cooperação e o caminho à hospitalidade.

O Sol, para sustentar o mundo, pede horizontes abertos.

Diante do enfermo de espírito, encarcerado em si próprio, disse Jesus: "Abre-te."

Saibamos acolher a advertência sublime e, perante a luz do Infinito Amor de Deus, rompamos a clausura do eu e ouçamo-la também