quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

AMPARO RECÍPROCO

Reforma íntima: duas palavras que enfeixam numerosos apelos à sublimação espiritual.
Não te enganes, porém.
Em nos referindo a esse imperativo da vida, coloquemo-nos todos na órbita de semelhante necessidade.

Não te julgues intangível.
Se ainda não sofreste o assédio dessa ou daquela tentação, é possível que o teu dia de luta, nesse sentido, aparecerá mais depressa do que pensas.

Esse amigo conquistou a honestidade, mas ainda não se livrou da sovinice.
Aquela irmã atingiu louvável equilíbrio sentimental, no entanto, ainda carrega consigo grande peso de orgulho.
Outro amigo é um modelo de generosidade, contudo, não perdoa a mínima ofensa.

Determinada companheira é um retrato da dedicação, em família, mas converte-se facilmente em franca representação do egoísmo, em se tratando dos interesses dos outros.
Esse irmão alcançou alto grau de cultura, entretanto, não se contém perante certas tentações de caráter efetivo.

Encontramos outro que brilha na condição de autêntico herói do trabalho, no entanto, ainda não sabe afastar-se do propósito de empalmar os bens alheios, desde que encontre facilidade para isso.

Reportamo-nos ao assunto, a fim de anotar que, na Terra, somos todos necessitados da compaixão recíproca.
Analisemos os pontos frágeis da cidadela em que se nos oculta a personalidade e auxiliemo-nos uns aos outros.

Jesus nos dedicou um só mandamento:

_ “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.”
E atrevemo-nos a crer que o Divino Mestre nos terá dito nas entrelinhas:
_ “Perdoai-vos uns aos outros como eu vos perdoei.”