sábado, 13 de dezembro de 2008

ROSAS E CEREJEIRAS LILASES

Serão todas as flores a colorirem a minha estrada
entregando aos céus a minh'alma que é dele agora
no sereno aconchego deite-se o mar à luz da aurora
e pétalas incensem o amor dos vivos olhos desta seara.



Orvalhem a relva dos montes, das fontes e de toda a serra
com o lilás que na noite estrelada cobriu do oeste ao leste
e em pirilampos, brilhantes cadentes qual chuva agreste
adocicaram o véu em brumas azuis ondulando a terra.



Não mais segredem o amor que levo cravado no peito
espalhem aos quatro ventos esta minha última toada
lavrada com o cálido nanquim que dele fez o eleito.



Sobrevoem as colinas e sorriam o meu sorriso à malta
sussurrando este amor aos louros daquela esplanada
gravado no leque e na espada sem nenhuma ressalva.