terça-feira, 24 de junho de 2008

O GRANDE ERRO

Confesso que às vezes me sinto eufórico com as pessoas,
de seus gestos altruístas para com os demais.



É como se a natureza reconhecesse e cantasse loas,
às gentes, às plantas e aos inúmeros animais.



Para logo depois um constrangimento atingir-me,
com a mesquinhez e a falta de humildade do Homem.



Dente por dente, olho por olho… a quem devo fingir-me,
se até os livros sagrados nos enganam e consomem.



Sagrado é o homem e a mulher e as bem ditas crianças,
tudo o mais é propaganda escrita consoante o imaginário.



O que nós precisamos é de firmar fortes alianças,
que – além de crenças fanáticas – não vêm com o sudário.



Três países reivindicam, em sua posse a lança sagrada,
convenhamos que serve para entreter os turistas.



É como a arca sagrada, de há muito propagada,
aqui e ali protegida dos Fariseus, sobrevivendo às conquistas.



Os manuscritos do mar morto, são um bom exemplo,
de homens fiéis a Deus, preservando lúdica herança.



É como entrar num museu, que mais se parece com um templo,
assim tu pagues para te comparares à semelhança.



Não querendo faltar ao respeito a ninguém,
dizer que tudo isto é uma farsa, episódio irrisório.



Que as igrejas podres de ricas, sabem-no muito bem,
por isso, desde já, dispenso padres, no meu velório.



E assim findo o meu texto literário, quem sabe controverso,
mas de uma coisa estou bem ciente, apenas digo o que penso.



E no meu ideal, apogeu de meu dito verso,
apenas os amigos de coração, pais e amada, não dispenso.