terça-feira, 24 de junho de 2008

EVANGELHO QUOTIDIANO

Senhor, a quem iremos? Tu tens palavras de vida eterna. João 6, 68


Segunda-feira, dia 23 de Junho de 2008

Hoje a Igreja celebra : Beato Bento Menni, presbítero, fundador, +1914

Ver comentário em baixo,
S. João Clímaco : "Porque olhas para a palha no olho do teu irmão?"


Livro de 2º Reis 17,5-8.13-15.18.

Depois, marchou contra Samaria e sitiou-a, durante três anos. No ano nono do reinado de Oseias, o rei da Assíria conquistou a Samaria e deportou os israelitas para a Assíria. Estabeleceu-os em Hala, nas margens do Habor, rio de Gozan, e nas cidades da Média. Isto aconteceu porque os filhos de Israel pecaram contra o Senhor, seu Deus, que os tirara do Egipto e libertara da opressão do Faraó, rei dos egípcios. Adoraram outros deuses e seguiram os costumes das nações que o Senhor expulsara da frente dos filhos de Israel, e os que foram introduzidos pelos reis de Israel. O Senhor admoestara Israel e Judá pela boca dos seus profetas e videntes: «Desviai-vos dos vossos maus caminhos, guardai os meus mandamentos e preceitos, observai fielmente a lei que prescrevi a vossos pais e que vos transmiti pelos meus servos, os profetas.» Mas eles não o quiseram ouvir, e endureceram o seu coração, imitando seus pais, que se tornaram infiéis ao Senhor, seu Deus. Desprezaram os seus preceitos e a aliança que Ele estabeleceu com os seus pais, e as advertências que lhes tinha feito. Foram atrás das coisas vazias e eles próprios se tornaram vazios, como os povos que os rodeavam, apesar de o Senhor lhes ter proibido imitá-los. Então, o Senhor indignou-se profundamente contra os filhos de Israel e lançou-os para longe da sua face. Só ficou a tribo de Judá.

Livro de Salmos 60,3.4-5.12-13.

Tu nos rejeitaste, ó Deus, e nos destroçaste; estás irado, mas restabelece-nos de novo.
Abalaste a terra e a fendeste. Repara as suas brechas, porque se desmorona!
Fizeste que o teu povo passasse duras provas; deste-nos a beber um vinho inebriante.
Quem senão Tu, ó Deus, que nos rejeitaste e já não vais à frente dos nossos exércitos?
Concede-nos ajuda na tribulação, porque é vão qualquer socorro humano.


Evangelho segundo S. Mateus 7,1-5.

«Não julgueis, para não serdes julgados; pois, conforme o juízo com que julgardes, assim sereis julgados; e, com a medida com que medirdes, assim sereis medidos. Porque reparas no argueiro que está na vista do teu irmão, e não vês a trave que está na tua vista? Como ousas dizer ao teu irmão: 'Deixa-me tirar o argueiro da tua vista’, tendo tu uma trave na tua? Hipócrita, tira primeiro a trave da tua vista e, então, verás melhor para tirar o argueiro da vista do teu irmão.»

Da Bíblia Sagrada



Comentário ao Evangelho do dia feito por :

S. João Clímaco (c. 575-c. 650), monge do Monte Sinai
A Escada Santa, 10º degrau


"Porque olhas para a palha no olho do teu irmão?"


Ouvi alguns falarem mal do seu próximo e repreendi-os. Para se defenderem, esses operários do mal replicaram: "É por caridade e por solicitude que falamos assim!" Mas eu respondi-lhes: "Deixai de praticar tal caridade, senão estaríeis chamando mentiroso ao que diz: 'Afasto de mim quem denigre em segredo o seu próximo' (Sl 100,5). Se o amas como dizes, reza em segredo por ele e não te rias dessa pessoa. É essa maneira de amar que agrada ao Senhor; não percas isto de vista e esforçar-te-ás cuidadosamente por não julgar os pecadores. Judas pertencia ao número dos apóstolos e o ladrão fazia parte dos malfeitores, mas que espantosa mudança num só instante!...

Responde, pois, ao que diz mal do seu próximo: 'Pára, irmão! Eu próprio caio cada dia em faltas mais graves; desse modo, como poderia eu condenar essa pessoa?' Obterás assim um duplo proveito: curar-te-ás a ti mesmo e curarás o teu próximo. Não julgar é um atalho que conduz ao perdão dos pecados, se é verdade a palavra que diz: 'Não julgueis e não sereis julgados'... Alguns cometeram grandes faltas à vista de todos mas realizaram em segredo os maiores actos de virtude. Assim, os seus acusadores enganaram-se dando atenção ao fumo sem verem o sol...

Os críticos diligentes e severos caem nesta ilusão porque não guardam a memória nem a preocupação dos seus próprios pecados... Julgar os outros é usurpar sem vergonha uma prerrogartiva divina; condená-los é arruinar a nossa própria alma... Tal como um bom vindimador come as uvas maduras e não colhe as uvas verdes, assim também um espírito benevolente e sensato anota cuidadosamente todas as virtudes que vê nos outros; mas o insensato perscruta as faltas e as deficiências."