DAMAS BRASILEIRAS...
Eis as damas...
Vértices do apogeu
das vertentes humanas.
Olhos coloridos?
Não...
Talvez um tom avermelhado,
fruto de um objetivo buscado,
que é o de manter vivas,
todas as vidas por elas geradas e geridas...
Orgulho Imaculado.
Cheiro forte de verdadeira Vida.
São Brasileiras!
Ímpeto e garra alvissareira,
oriundas de descendência guerreira.
Negras sim senhor!
E daí?
Apedrejam-nas pelo fato,
delas fazerem-se por si?
Espargem-se pelas taperas,
onde mais visível é o sofrimento,
que se faz à vera...
Espargem-se pelas casas,
onde pedras soltas,
num encaixe perfeito,
dão-lhes asas..
Verdadeiros palácios de alvenaria...
São no breu da noite,
a luz que ilumina o dia.
E suas roupas?
São da riqueza de sua tez.
Pois que desconhecem entremeios,
não desfilam pela passarela do talvez...
Magras sem serem modelos...
A não ser que a mídia explorasse,
como beleza o denodo, o desvelo...
Suas roupas são a sua pele!
Maravilhoso brilho de altivez,
que de quando em vez,
sibilam com a brisa,
e reforçam cantos de pássaros.
Olhares fortes, ações incisivas...
São sofridas, esquecidas...
São pelos pseudo-intelectuais abolidas.
Os poetas não se reportam,
em seus versos, à essas heroínas aguerridas.
Pra quê?
Preferem talvez focar Ipanema...
Zona de alto movimento,
"Points" do que menos se faz brasileiro...
Mas TODOS somos Brasileiros!
Uns mais, outro menos...
Meninas e mulheres...
Mais tarde mães.
Sangue onde circula o orgulho,
onde não se guarda entulho,
pois que fartura não há...
Não existem sobras,
onde essas autênticas heroínas,
não escondem das faces as dobras,
e sequer conhecem letras...
Não existem lá pingentes ou ninfetas,
existem damas, musas...
São da pobreza,
o cime do que se faz verdadeiro orgulho.
São na realidade, ricas.
Afortunadas e líricas.
E mantém os seus costumes.
Seus Santos, seus rítmos.
E quando em vez,
vai lá um compositor,
ou um pseudo historiador,
pra inserir-lhes no contexto.
Precisam ser inseridas no censo.
Precisam fazer-se números.
Números são sinonimos de votos...
Ah, hedionda sensação de vergonha,
que agora me assola...
Vontade que me arde,
ao ver o sofrimento dessas belas SENHORAS.
Pertencem a Elite da Verdadeira Sociedade,
que de Honra, Vergonha, Tenacidade,
fizeram de seus filhos,
crianças que realmente Respeitam,
e AMAM A PÁTRIA AMADA.
Filhos gentis,
que longe de serem febris,
labutam...
Não roubam...
Não postulam cargos...
Nem tampouco têm alma e corpo,
atrelados ao sentimento parco e porco,
de Venderem o seu País.
Qual nada mulheres de Atenas...
Mulheres mesmo são essas,
que a duras penas,
conseguem passar essas fisionomias amenas...
Essa tranquilidade, imensa, serena,
De que fizeram-se,
independente dos que se "dizem brasileiros(as)"...
Longe das bandalheiras.
Distantes das roubalheiras.
Bem no centro do Céu,
onde pulula,
o Azul Celeste que tremula,
de forma altaneira,
na Altivez de NOSSA BANDEIRA!
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