sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

APRENDENDO A ACEITAÇÃO

A aceitação unida à satisfação, com certeza resulta na alegria de viver. Assim como o resultado da tristeza e do mau humor é a instalação de uma insatisfação crônica, assim também é o meio que as doenças encontram para se alojar no corpo e na mente do ser humano. Eu conheço uma pessoa que está doente e não sabe. O ego dessa pessoa vai cada dia pior, a saúde do corpo, da mente e da alma, está seriamente comprometida. Essa pessoa nunca está contente, sua alegria se desfez há muito tempo, seu humor talvez nunca tenha existido e sua insatisfação certamente corroeu um pouco de felicidade que pudesse ter.

Outro dia eu a encontrei e ao invés de responder ao meu bom dia, ela simplesmente exclamou, que dia horrível esse de hoje! Esse frio que não passa deixa-me irritado e concluiu, ontem era o sol que não se escondia, parecia que queria me queimar.

Os dias se passaram e entramos na estação do outono. Eis que eu encontro novamente com a mesma pessoa e aproveito a oportunidade para dirigir-me a ela com um cordial bom dia, e novamente tenho como resposta nova queixa, nova insatisfação. Que vento horrível! Parece que não quer deixar o chapéu na minha cabeça! Toda vez que saio de casa é esse vento irritante que me incomoda!



Infelizmente existem essas pessoas, que sem saber, nunca se deram conta do mal que produzem a si mesmas, ou se, consideram-se vivas, não sabem que morrem a cada dia que passa vítimas de suas insatisfações. Para elas, com certeza, nunca houve um momento de alegria, ou nunca aprenderam a ser contentes, gerando uma insatisfação crônica, causando-lhes o desencontro com a felicidade.



É tão fácil ter satisfação na vida, é tão fácil agradecer à chuva que limpa o ar poluído. É tão prazeroso ver a grama já desbotada do nosso jardim ser reavivada, mostrando o verde de sua cor natural, acudida pela chuva que a natureza mandou.

É tão prazeroso olharmos para o céu e ver o sol fazendo o seu percurso de todos os dias.

É tão bom sentirmos o vento roçar nossa face, desalinhando nosso cabelo ou derrubando nosso chapéu.

É tão agradável o aconchego do nosso corpo sob o cobertor numa noite fria que o inverno nos proporcionou. E para concluir, eu digo, é tão fácil ser feliz! É tão fácil viver quando aprendemos a aceitar os desígnios de Deus com alegria e bom humor, pois, certamente, a soma da satisfação com a alegria resulta na felicidade que tanto queremos. Sejamos, pois, insatisfeitos sim, mas com a nossa tristeza e o nosso mau humor.