domingo, 2 de novembro de 2008

Num banco de jardim

Na face leve plissar, no coração a chama ardente do amor,
Histórias vividas, algum tempo atrás,
Numa ponte que separa do imaginário a realidade fugaz,
Retratos expostos, relicário guardado a sete chaves em primor.


Rebobinar do filme na memória,
O luar mágico de prata, saudosa poesia me inspira,
Num banco de jardim, pincelei a aurora,
Em coração rebuscado, fervilhar dos desejos,
Mesclados de medos.


Não pude deter o tempo, e nem calar as canções,
Embaladas de ternura aos sábados à tarde,
Onde as mãos ainda procuram à suavidade de teus beijos,
No tatear de minha solidão, buscando emoções na chama que arde.


Num banco de jardim, os pássaros cantam em revoada,
Ainda existe a menina enamorada,
Folheando páginas amareladas, revivendo momentos,
Que o rasurar do tempo não consegue apagar...


Laços afetivos nos prendem ao passado, juntando fagulhas de esperança,
Resgatando vivencias, transpirando saudade,
Deixando a alma entregar-se a brisa em aguçada sensibilidade,
Na ultima lágrima de lembrança.