A RESPOSTA
Desolada mulher desprendeu-se da Terra e achou-se à frente de Jesus,
suplicando:
- Senhor, compadece-te de mim! O mundo me atormenta e a vida fez-me
escrava... Tenho um filho que incessantemente me fere o coração...
Esperei-o com os melhores sonhos, embalei-o nos braços... Entretanto,
encontro nele o meu suplício. Por que isso, amado Amigo? Por que
tanto sofrimento em troca de tamanha abnegação?
O Eterno Benfeitor acariciou-lhe a cabeça dolorida e explicou:
- Filha, só o amor pode educar os filhos de Deus. Que seria do
trnnco se a terra não o suportasse ou do ninho sem que a ramada lhe
resguardasse a esperança?
- Mas, Senhor, e comigo?!... Quem teria colocado em meus braços
semelhante martírio? Quem talvez, por engano, terá situado em meu
peito esse filho difícil e indiferente, acreditando que o meu amor de
mulher ignorante e frágil conseguisse educá-lo?
Foi então, com grande serpresa, que a pobre mãe escutou de Jesus estas
simples palavras:
- Minha filha, fui eu.
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