Esperança
Vem lentamente
Vestida de infinito
Traz os montes longínquos
Mas te mantém
Sempre acima deles
Apaga as diferenças
Que de longe vejo
Distâncias imprecisas
Longe ou perto
Sonhos nostalgia dos crepúsculos.
Propósitos acariciantes
E vagos soluços escapam
Choro de minh’ alma
Frutos de sonhos
Não acontecidos
Nossa alma é grande
A vida é curta.
Vejo tudo cada vez mais longe
Arranca do fundo de mim
Minhas angústias inúteis.
Vê onde vicejo
Toma do meu jardim
Um mal-me-quer esquecido,
Em suas folhas mora minha sina.
Não há rubro sol
Ardendo o futuro
Vem sobre os mares,
Vem sobre os ares,
Traz horizontes precisos
Vem suavemente
Preciso te encontrar.
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