entregue a magia do tempo...
Enquanto o vento
brinca comigo...
enquanto faço de tuas lembranças
o meu abrigo,
sinto sobrepujar artimanhas.
Coisas estranhas.
Sinto refazer-me nas entranhas
sou guerreira sadia, suave,
faço-me entregue à magia do tempo.
Nos porquês que se espargem
justamente porque vestimos a dúvida,
e pensar revolto, dívidas,
creio-me cintilante a refletir
nas águas do rio que se faz seguir...
daqui observo, que faço-me intento,
entregue a magia do tempo.
No descortinar andarilho
de meu senso viajor,
descubro que nosso amor
mais que a algesia,
ou mesmo que a angustiante dor,
meu olhar faz-se senso/poder portento,
entregue a magia do tempo.
Por isso seja onde for.
Vindo de onde vier.
O que faz-me querer
viver, amar, e ser mulher,
é justamente o amor que não invento,
que habita-me feito bailarina solta,
entregue a magia do tempo.
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