o que verei sobreviver..

No canto dos anjos,
talvez possa prever-se
que haverá de ter-se,
num futuro adjurado,
uma somatização
de atos errados,
buscando como cicatriz,
secar...

Num misto de crer e não crer
o que toma corpo,
é a falta de fé...
o que não se deixará ver.
O que não far-se-á solto,
o senão, o sequer...

O aljazar
dos vislumbres verdes,
forma tomará?
Ou nosso pensamento
que alimenta o Estar,
mais forte se fará?

Na imensidão,
da mansidão que hoje
inda não se abjuga,
pode ser que a escuridão
faça-se motivo de medo...
pode ser que o quebrar
de nossos bem -tratados jarros,
faça-se tamanho,
que a terra revolta
venha tornar-se barro...

Mas tenho certeza,
que em meio a natureza
haverá de transparecer,
em meu olhar,
o que verei sobreviver...