segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

POR AMOR

"Cegou-lhes os olhos e endureceu-lhes o coração, a fim de que não vejam com os olhos e compreendam no coração e se convertam e eu os cure."
(João, 12:40)


Os planos mais humildes da Natureza revelam a Providência Divina, em soberana expressão de desvelo
e amor.

Os lírios não tecem, as aves não guardam provisões
e misteriosa força fornece-lhes o necessário.

A observação sobre a vida dos animais demonstra
os extremos de ternura com que o Pai vela pela Criação desde o princípio: aqui, uma asa; acolá, um dente a mais; ali, desconhecido poder de defesa.

Afirma-se a grande revelação de amor em tudo.

No entanto, quando o Pai convoca os filhos à cooperação nas suas obras, eis que muita vez se salientam os ingratos que convertem os favores recebidos, não em deveres nobres e construtivos, mas em novas exigências; então, faz-se preciso que o coração se lhes endureça cada vez mais, porque fora do equilíbrio, encontrarão o sofrimento na restauração indispensável das leis externas desse mesmo amor divino.

Quando nada enxergam além dos aspectos materiais
da paisagem transitória, sobrevém, inopinadamente,
a luta depuradora.

É quando Jesus chega a operar a cura.

Só então torna o ingrato à compreensão da Magnanimidade Divina.

O amor equilibra, a dor restaura.

É por isso que ouvimos muitas vezes:
"Nunca teria acreditado em Deus se não
houvesse sofrido."