Memórias de um Coração Solitário
O coração perambula
pelas sombras do reino dos mortos
Já não tem vida
Nas catacumbas das tristezas jaz,
frio e indiferente ao mundo
das cores
Não tem sede de primavera
Esqueceu as doces quimeras
Na dor feneceu
Acostumou-se a viver
nas trevas
Rejeita à luz!
O amor não lhe seduz
Tem medo de conjugar
o maldito verbo amar
Não quer mais chorar
A esperança resolveu abortar
Já não lamenta os sonhos acorrentados
Guarda segredos mofados,
na masmorra da dor
Curva-se diante da cruz do destino
Aceita a sua triste sina,
que é morrer nos braços da solidão.
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