sábado, 27 de outubro de 2007

A UM "VELHO" POETA

Os poetas nunca são velhos...
Eles sempre renascem
ao não saber dos versos,
ao sabor das rimas
que teimam vir à tona.

Renovam-se,
quando as mãos, titubeantes,
tremem, temem, teimam
em soletrar instantes,
na ânsia de expressar
o sentimento incerto.

Estão sempre atônitos
e o frêmito
lhes percorre a ânima...

Deslumbrados,
enamoram-se do próprio amor,
- que pode ser o último ou o primeiro -
primeva ou derradeira
partícula de esperança.

Renovam-se a cada dia,
a cada poema composto,
também novo,
inda que as palavras
sejam sempre
as
mesmas.