A UM "VELHO" POETA
Os poetas nunca são velhos...
Eles sempre renascem
ao não saber dos versos,
ao sabor das rimas
que teimam vir à tona.
Renovam-se,
quando as mãos, titubeantes,
tremem, temem, teimam
em soletrar instantes,
na ânsia de expressar
o sentimento incerto.
Estão sempre atônitos
e o frêmito
lhes percorre a ânima...
Deslumbrados,
enamoram-se do próprio amor,
- que pode ser o último ou o primeiro -
primeva ou derradeira
partícula de esperança.
Renovam-se a cada dia,
a cada poema composto,
também novo,
inda que as palavras
sejam sempre
as
mesmas.
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