Mestre e Senhor
Um velho lavrador do Texas foi certo dia visitar o seu filho, que atuava em Washington como senador.
Esse homem humilde era extraordinariamente piedoso e espiritual.
Em seu fervor nunca perdia a oportunidade de falar a respeito do amor de Cristo àqueles que o rodeavam.
Por essa razão, tão logo seu filho o apresentou ao embaixador da Bélgica,
espontaneamente o lavrador lhe dirigiu uma pergunta, que muitos presentes a qualificaram de indiscreta e inoportuna.
A pergunta foi essa: "Excelência, o Senhor é um cristão?"
Muito desapontado, seu filho procurou desviá-lo da conversa, ainda que de uma forma diplomática, mas antes que o embaixador tivesse tempo de acatar ou contestar o assunto abordado pelo pai.
Então, lamentavelmente o diálogo foi interrompido e o velho lavrador não pôde testemunhar do seu Mestre e Senhor como habitualmente o fazia aonde quer que
fosse.
Passaram-se alguns meses e o velho lavrador do far west partiu para a eternidade. O fato se tornou notório e foi muito grande a surpresa do senador, quando, ao passar a
vista em torno das coroas recebidas, descobriu entre as muitas um gracioso ramo de flores, enviado pelo embaixador da Belgica.
Sobre a fita que se prendia ao ramalhete, uma agulha firmava um cartão contendo algumas palavras, que ele escreveu do seu próprio punho: "Ele foi o único homem nos Estados Unidos que me indagou se eu era um cristão e que, consequentemente, se preocupou com a minha alma."
Quando o senador leu sobre esse testemunho tão maravilhoso dado pelo pai, e se lembrou da sua atitude naquele momento quando envergonhado interrompeu o diálogo tão habilmente iniciado por ele, encheram-lhe os olhos de lágrimas.
Sim, foram lágrimas de arrependimento e de vergonha pela sua covardia em não permitir que o conhecimento de Cristo fosse manifestado naquele lugar.
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