NO SILÊNCIO DOS LUARES
No silêncio da beatífica cúpula celestial,
De onde bênçãos aliviam o meu sofrer,
Elas chegam na aura morna do boreal
Ou no sereno triste do anoitecer...
Desencarnam-se flores cheirosas,
Tristes, abandonadas ao chão,
É um golpe rude no coração
Das borboletas graciosas,
Ali, às luzes de “néons” dos vaga-lumes,
Na pureza do frescor virgem dos palmares,
Triunfa o silêncio abstraído pela cor sem lumes
Das noites, no silêncio dos luares...
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