terça-feira, 29 de maio de 2007

LEMBRO. DE MINHA INFÂNCIA

Lembro, de minha infância, que já era adulto
Antes de ser criança. Fascinado me via,
Com o que o mundo me dava a ver – indulto
Da natureza que, presente, nada escondia.

Lembro ainda, se a memória não me atraiçoa,
Que me sentia o defensor do mais fraco –
Não cabe aqui a demérita e astuta loa,
Quando vinham até mim vítimas de maltrato.

Muitas lutas travei para defender o inerme,
Mas aqui a nada nem a ninguém deve,
Se a escolha se fez com a própria epiderme.

Hoje sigo com as mesmas convicções,
Argonauta da estratosfera, que nada teme,
Porque não entra em dúbias contradições.