terça-feira, 1 de janeiro de 2008

NÃO SÓ DE INTELIGÊNCIA

Aquele que ama a seu irmão permanece
na luz e nele não há nenhum tropeço.
- João. (I João, 2:10.)




Esfalfamo-nos na Terra a fazer testes de inteligência para ganhar
inteligência, e, sem dúvida, precisamos todos de agilidade mental para a
destreza do raciocínio e firmeza de decisão.

Entretanto, não basta a inteligência, só por si, para orientar com
absoluta segurança os roteiros da vida.

Senão, vejamos.

Quase sempre sabemos:

entesourar conhecimento intelectual, mas ignoramos ainda como utilizá-lo
para evitar a guerra uns com os outros;

acumular o dinheiro, mas muito raramente aprendemos como empregá-lo na
construção da própria felicidade e da felicidade dos semelhantes;

inventar os mais variados processos de reconforto em benefício do corpo
transitório, mas desconhecemos ainda como prover as necessidades de
nossas almas eternas;

legislar com eficiência nas atividades visíveis do mundo, mas ignoramos
como preservar a tranqüilidade da consciência, conquanto já conheçamos a
generalidade dos princípios morais que nos regem;

cultivar grandes afeições, até mesmo com testemunhos heróicos de
sacrifício, mas não sabemos ainda como traçar-lhes o equilíbrio justo
para que não se convertam em desarmonia e paixão.

Em suma, estamos em condições de preparar o futuro para todas as
garantias no plano físico, mas habitualmente descuidamo-nos de nossos
interesses na imortalidade que é patrimônio inalienável de cada um.

Em razão disso, muitas vezes damos na Terra estranhos espetáculos de
genialidade e delinqüência, cultura e degradação.

É que apenas a inteligência não basta à felicidade.

A alegria de viver pede, acima de tudo, a luz do entendimento e a benção
do amor.