quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Bom Dia

887 Jesus também disse: “Amai até mesmo os inimigos”. Porém, o amor aos
inimigos não é contrário às nossas tendências naturais? A inimizade não
provém da falta de simpatia entre os Espíritos?

– Sem dúvida, não se pode ter pelos inimigos um amor terno e apaixonado; não
foi o que Jesus quis dizer. Amar aos inimigos é perdoar e pagar o mal com o
bem. Agindo assim nos tornamos superiores a eles; pela vingança, nos
colocamos abaixo deles.




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PERDÃO


Perdão é a possibilidade de trabalhar no resgate de nossas próprias
faltas, é a luz do arrependimento que nos clareia a estrada ainda mesmo
depois de nos arrojarmos às trevas interiores, é o ar que respiramos,
generoso e puro, mesmo além do nosso gesto que maculou a simplicidade da
Natureza.

O Pai desculpa os filhos proporcionando-lhes novo ensejo á
corrigenda e à santificação, e, se o Todo-Compassivo nos tolera em
semelhante clima construtivo, cabe-nos igualmente esquecer todo mal, na
consideração dos próprios males que já praticamos, aproveitando todas as
horas de nossa experiência no tempo para engrandecer a bondade, sem a qual
não seguiremos para a frente.

A justiça funciona até que o amor tome posse do coração e da vida.

Onde há fraternidade, há compreensão. E onde há entendimento, há
perdão com absoluto olvido da ofensa e trabalho espontâneo a benefício do
ofensor, com as melhores vibrações de simpatia.

Enquanto alimentamos as pequenas discórdias, colaboramos com as
grandes guerras, e, enquanto sustentamos adversários, garantimos focos
infecciosos de raios mentais destruidores contra nós.

Recordemos o Cristo e lembremo-nos de que o Senhor silenciou perante
a justiça. Seu Espírito Divino pairava acima de todas as disputas humanas e,
por isso mesmo, descerrando o coração cheio de amor, converteu-se, na cruz,
em lâmpada celeste acesa no mundo para todos os séculos da Humanidade,
indicando-nos o glorioso roteiro da Vida Eterna.