ESTE ESTAR SEM TI
Este estar sozinho, este estar sem ti,
Deixa-me tão absorto como nunca vi
Em ninguém; e, se minha poesia flúi,
É porque, a si própria, ela se conclui.
E age tão naturalmente de si para si,
Que eu, sou um mero espectro, aqui.
Espectador atento de tudo que influi,
E em letras e conspicuidade, se dilui.
Sim porque aqui a riqueza já tendeu,
Por sua iniciativa, ocupar, em mãos,
Estes versos, que, se comprometeu,
Serão seus, jamais meus. Disforme,
Insano compadecer, cheio de nãos,
Assim, pois então, que se conforme.
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