domingo, 30 de dezembro de 2007

AMIZADE

O amigo é uma benção que nos cabe cultivar

no clima da gratidão.

Quem diz que ama e não procura

compreender e nem auxiliar,

nem amparar e nem servir, não saiu

de si mesmo ao encontro do amor de alguém.

A amizade verdadeira não é cega,

mas se enxerga defeitos nos corações amigos,

saber amá-los e entendê-los mesmo assim.

Teremos vencido o egoísmo em nós

quando nos decidirmos ajudar os

entes amados a realizarem a felicidade

própria, tal qual entendem eles,

deva ser a felicidade que procuram,

sem cogitar de nossa própria felicidade.

Em geral, pensamos que os nossos

amigos pensam como pensamos,

no entanto, precisamos reconhecer

que os pensamentos deles são criações

originais deles próprios.

A ventura real da amizade é o

bem dos entes queridos.

Assim como espero que os amigos

me aceitem como sou, devo, de

minha parte, aceitá-los como são.

Toda vez que buscamos desacreditar

esse ou aquele amigo, depois de

havermos trocado convivência e

intimidade, estaremos

desmoralizando a nós mesmos.

Em qualquer dificuldade com as

relações afetivas é preciso lembrar

que toda criatura humana é um

ser inteligente em transformação

incessante, e, por vezes, a mudança

das pessoas que amamos não se verifica

na direção de nossas próprias escolhas.

Quanto mais amizade você der,

mais amizade receberá.

Se Jesus nos recomendou amar

os inimigos, imaginemos com que

imenso amor nos compete amar aqueles

que nos oferecem o coração.