terça-feira, 9 de março de 2010

Leveza

Leve é a água envolvendo meu corpo
Enquanto a flor germina do lado de fora
Leve é a fogueira que o céu desenha
Quando não se zanga a mãe natureza.

Leve é o andar altivo em direção de paz
Em doce ventura de usar antigos verbos
Esperançar, adejar, revestir, acolher,
Coração de luar só meu, revestido de azul.

Leve é a vastidão dos tempos passados
Nas garoas manhosas de madrugada
Leve são os laranjais de brancas flores
Enfeitando meus cabelos de fios claros.

Qualquer peso pode ser leve, na força
Do meu pensamento bom e ferrenho.
Qualquer dor vai embora se brincar
De ser pluma, pena, algodão, leve poeira...