quarta-feira, 17 de março de 2010

DESCULPA SEMPRE

"Se perdoardes aos homens as suas ofensas,

também vosso Pai Celestial vos perdoará."

- Jesus. (MATEUS, 6:14.)



Por mais graves te pareçam as faltas do próximo, não te detenhas na
reprovação.

Condenar é cristalizar as trevas, opondo barreiras ao serviço da luz.

Procura nas vítimas da maldade algum bem com que possas soerguê-las,
assim como a vida opera o milagre do reverdecimento nas árvores
aparentemente mortas.

Antes de tudo, lembra quão difícil é julgar as decisões de criaturas
em experiências que divergem da nossa!

Como refletir, apropriando-nos da consciência alheia, e como sentir a
realidade, usando um coração que não nos pertence?

Se o mundo, hoje, grita alarmado, em derredor de teus passos, faze
silêncio e espera...

A observação justa é impraticável quando a neblina nos cerca.

Amanhã, quando o equilíbrio for restaurado, conseguirás suficiente
clareza para que a sombra te não altere o entendimento.

Além disso, nos problemas de crítica, não te suponhas isento dela.

Através da nociva complacência para contigo mesmo, não percebes
quantas vezes te mostras menos simpático aos semelhantes!

Se há quem nos ame as qualidades louváveis, há quem nos destaque as
cicatrizes e os defeitos.

Se há quem ajude, exaltando-nos o porvir luminoso, há quem nos
perturbe, constrangendo-nos à revisão do passado escuro.

Usa, pois, a bondade, e desculpa incessantemente.

Ensina-nos a Boa Nova que o Amor cobre a multidão dos pecados.

Quem perdoa, esquecendo o mal e avivando o bem, recebe do Pai
Celestial, na simpatia e na cooperação do próximo, o alvará da
libertação de si mesmo, habilitando-se a sublimes renovações.