sábado, 28 de fevereiro de 2009

Indulgência

A luz da alegria deve ser o facho continuamente aceso na atmosfera das nossas experiências.

Circunstâncias diversas e principalmente as de indisciplina podem alterar o clima de paz, em redor de nós, e dentre elas se destaca a palavra impensada como forja de incompreensão, a instalar entrechoques.

Daí o nosso dever básico de vigiar a nós mesmos na conversação, ampliando os recursos de entendimento nos ouvidos alheios.

Sejamos indulgentes.

Se erramos, roguemos perdão.

Se outros erraram, perdoemos.

O mal que desejarmos para alguém, hoje, suscitará o mal para
nós, amanhã.

A mágoa não tem razão justa e o perdão anula os problemas, diminuindo complicações e perdas de tempo.

É assim que a espontaneidade no bem estabelece a caridade real.
Quem não reconhece as próprias imperfeições demonstra incoerência.

Quem perdoa desconhece o remorso.

Ódio é fogo invisível na consciência.

O erro, por isso, não pede aversão, mas, entendimento.

O erro nosso requer a bondade alheia; erro de outrem reclama
a clemência nossa.

A Humanidade dispensa quem a censure, mas necessita de
quem a estime.

E ante o erro, debalde se multiplicam justificações e razões.

Antes de tudo, é preciso refazer, porque o retorno à tarefa é a
conseqüência inevitável de toda fuga ao dever.

Quanto mais conhecemos a nós mesmos, mais amplo em nós o
imperativo de perdoar.

Aprendamos com o Evangelho, a fonte inexaurível da Verdade.

Você, amostra da grande prole de Deus, carece do amparo de
todos e todos solicitam-lhe amparo.

Saiba, pois, refletir o mundo em torno, recordando que o espelho, inerte e frio, retrata todos os aspectos dignos e indignos à sua volta, o pintor, consciente, buscando criar atividade superior, somente exterioriza na pureza da tela os ângulos nobres e construtivos da vida.