sexta-feira, 12 de outubro de 2007

O QUE LHE É DEVIDO...

Prenúncio de grandes tempestades
verdades rompendo emoções acuadas,
escuridão que avança sem alarde
deságuam saudades consumadas.

O tempo em toda sua inquietude
cavalgou ávido no devido prazo,
devastou tudo que aos olhos ilude
para a fragilidade fútil do acaso.

Na saga lenta da agonia o legado,
amor em morte súbita decai ferido
alma aprisionada em elos passados.

Um corpo se queda consumido
num chão de sonhos sepultados,
à terra o que lhe é devido...