quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

EM UM DIA QUALQUER

QUANDO A JANELA DE MINHA CASA SE ABRE PARA O MUNDO
PERCEBO O BELO QUE CHEGA ATÉ MIM, TODOS OS DIAS.

SÃO PÁSSAROS QUE CANTAM MÚSICAS ÚNICAS E MAVIOSAS.

SÃO PLANTAS QUE AVISTO REVELANDO AS SUAS FLORES NASCENDO,
UMA APÓS OUTRA, EM TODOS OS MOMENTOS.

É O VENTO QUE INVADE O MEU SER E ME ARRASTA PARA ALÉM DA IMAGINAÇÃO.

PARA LUGARES ONDE NEM PERCEBO QUE FUI OU AINDA ESTOU.

QUE PERMANECEM DENTRO DE MIM COMO SE REALIDADE FOSSE.

SIM, A CADA MOMENTO A MINHA JANELA ME TRANSPORTA PARA UM OÁSIS
ONDE VOU AO ENCONTRO DE FADAS E DE SERES ELEMENTAIS.

E ME VEJO DENTRO DE UM FILME ONDE SOU ATOR.

SENDO SINBAD O MARUJO, ROBIN HOOD, PETER PAN, ALADIN, E TODOS AQUELES
QUE VIVERAM NUM MUNDO QUE A MAIORIA NUNCA TEVE ACESSO.

PARA QUANDO RETORNAR CUSTAR A CRER QUE A REALIDADE É BEM OUTRA.

QUE NELA NÃO EXISTEM MAIS FADAS, DRAGÕES NEM PERSONAGENS
QUE TANTO ME FIZERAM REALIZADO E FELIZ.

E CHORO, CHORO MUITO.

TALVEZ PORQUE ESTE NÃO SEJA, NEM NUNCA TENHA SIDO, O MEU MUNDO.

JÁ QUE DELE, DEPOIS DE CENTENAS DE ANOS, ME AFASTO CADA VEZ MAIS.

FRUTO DE UMA PATOLOGIA INVENTADA PELO SER HUMANO
QUE ROTULA E NÃO ACEITA AQUELES QUE, COMO EU, SE RECUSAM A ENTENDER
E A CONCORDAR COM O QUE FIZEMOS E FAZEMOS EM NOSSA TERRA.

SIM, ZEUS SAIBA VER, DENTRO DE MIM, A MAGIA QUE ME ESTÁ SENDO TIRADA.

QUE, POUCO A POUCO, PERCO NUM ESVAIR-SE CONSTANTE.

E A TRAGA E RECOLOQUE NOVAMENTE EM MEU SER.

PARA QUE EM MEUS ÚLTIMOS DIAS A BELEZA DO UNIVERSO POSSA SER, POR MIM,
CAPTADA E SENTIDA COMO NOS PRIMÓRDIOS O FOI.

SIM, ZEUS ENTENDA ESTE MORTAL, TÃO INFERIOR ENTRE OS INFERIORES,
E TÃO INDIGNO, COMO UM HOMEM QUE É CAPAZ, DE UM DIA,
CHEGAR ATÉ O MONTE OLIMPO.

E ME FAÇA DIGNO DE ALI CHEGAR.

PARA VIVER, ENTRE OS DEUSES, PARA TODO O SEMPRE.