quinta-feira, 24 de setembro de 2009

PAIS E FILHOS

O tempo passa, mas para nós ele parece estacionado por que não o vemos passar.

Cinquenta, oitenta ou cem anos não é um tempo longo demais para a vida que Deus nos destinou.

Talvez o momento mais feliz de uma vida, seja aquele em que nos tornamos pais e mães.

O amor que dedicamos aos nossos filhos não tem tamanho, por que é impossível medi-lo.

A dedicação, os cuidados e a proteção talvez não existam comparação.

Mas o tempo passa, o tempo caminha invisível, porem numa velocidade constante, e os filhos crescem. Cada um toma consciência de sua própria vida e segue o seu caminho, prospera no caminho escolhido e o tempo passa. Dos pais quase nem se lembram mais. Dos cuidados, da proteção e do amor, já não mais precisam, por que os conselhos lhe parecem ultrapassados, os velhos são por demais cafonas, não lhes acompanham no tempo.

De repente o tempo lhes presenteia com filhos também, e estes passam a merecer e ter tudo o que eles já tiveram também. E o tempo passa, e com o tempo chega a cafonice, a ultrapassagem das épocas e até dos costumes. E então, só então os filhos parecem entender que o tempo caminha sem parar, só então eles percebem que alcançaram a idade da cafonice, a idade em que, para muitos filhos, os pais são atropelos e pedras que apareceram em seus caminhos. Mas eles percebem também que o tempo passou, o tempo caminhou, e com ele tudo mudou, mas só uma coisa não mudou, o amor que tivemos com os filhos continuou o mesmo, por que o tempo passou, mas nunca saímos da fonte do amor, a fonte que nos deu a vida entremeada de luz, essa luz que iluminou nossos antepassados, a nós, aos nossos filhos e aos filhos de nossos filhos, essa luz santa e bendita, a luz do amor.