A MENTE EM AÇÃO.
Mais graves que as viroses habituais são aquelas que têm procedência
no psiquismo desvairado.
Por ser agente da vida organizada, a mente sadia porpicia o
desenvolvimento das micropartículas que sustentam com equilíbrio a
organização somática, assim como, através de descargas vigorosas,
bombardeia os seus centros de atividade, dando curso a desarmonias
inumeráveis.
Mentes viciosas e pessimistas geram vírus que se alojam no núcleo das
células e, destruindo-as, espalham-se pela corrente sanguínea, dando
surgimento a enfermidades soezes.
Além desta funesta realização, interferem na organização imunológica
e, afetando-a, facultam a agressão de outros agentes destruidores, que
desenvolvem síndromes cruéis e degenerativas.
Além dos vícios que entorpecem os sentimentos relevantes do homem,
perturbando-lhe a existência, o tédio e o ciúme, a violência e a
queixa, entre outros hábitos perniciosos, são responsáveis pela
desestruturação física e emocional da criatura.
O tédio é o resultado da ociosidade costumeira da mente acomodada e
preguiçosa.
Matriz de muitos infortúnios, responde por neuroses estranhas e
depressivas, culminando com o suicídio injustificável e covarde.
Entregue ao tédio, o paciente transfere responsabilidades e ações para
os outros, deixando-se sucumbir pela revolta contra todos e tudo.
A mente, entregue ao ciúme, fomenta acontecimentos que gostaria se
realizassem, a fim de atormentar-se e atormentar, aprisionando ou
perseguindo a sua vítima.
Por sua vez, desconecta os centros de equilíbrio, passando à condição
de vapor dissolvente da confiança e do amor.
A violência é distúrbio emocional, que remanesce do primitivismo das
origens, facultando o combustível do ódio, que se inflama em incêndio
infeliz, a devorar e ser que o proporciona.
Quando isto não ocorre, dispara dardos certeiros nas usinas da emoção,
que se destrambelha, gerando vírus perigosos que se instalam no
organismo desarticulado e o vencem.
A queixa ressuma como desrespeito ao trabalho e aos valores alheios,
sempre pronta a censurar e a fiscalizar os outros, lamentando-se,
enquanto vapores tóxicos inutilizam os núcleos da ação, que se
enferrujam e perdem a finalidade.
Há todo um complexo de hábitos mentais e vícios morais, prejudiciais,
que agridem a vida e a desnaturam.
É indispensável que o homem se resolva por utilizar do admirável
arsenal de recursos que possui, aplicando os valores edificantes a
serviço da sua felicidade.
Vives consoante pensas e almejas, consciente ou inconscientemente.
Conforme dirijas a mente, recolherás os resultados.
Possuis todos os recursos ao alcance da vontade.
Canalizando-a para o bem ou para o mal, fruirás saúde ou doença.
Tem em mente, no entanto, que o teu destino é programado pela tua
mente e pelos teus atos, dependendo de ti a direção que lhe concedas.
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