terça-feira, 2 de dezembro de 2008

CUSPINDO A DOR

Insinua essa paz que se fazia ausente

Desde o instante que torrente se fez presente

Lavando o ser por inteiro.

Chega o gorjeio onipotente

Do riso que fugiu há tempos

Quando a lágrima chegou soberana

Tomando conta dos olhos

Que perderam o brilho

Ficando opacos permanentemente.

O coração arrisca uns passos de dança

Diante da felicidade que retornou

Dando alento ao coitado

Que havia sido esquecido

Por não ter mais o que sentir

Diante das perdas consumadas.

A escuridão da noite

Verga frente ao brilho do dia

Agora carregado de sol

Trazendo consigo total euforia.

A chuva rega os campos sem dó

Fazendo-os florir

Num encantamento mágico e envolvente

E o céu se coloriu de azul

De norte a sul

Dizendo que a tempestade foi embora

Sem ter tempo pra voltar.

O amor toma conta de tudo

Percorrendo todas as entranhas

Expulsando a tristeza

Que andava cansada de chorar.

A vida renasce

Invade...

Diz em altos brados:

Vem!

Sinta!

Deixe-se levar!