ANO MORTO, ANO POSTO
É tanta a urgência da vida
que ela verte homicida!
Ao rei que urgia morrer
nem o deixaram arrefecer
Outro lhe sucedia
à hora do mesmo dia
Vejam pois se vale viver
neste estado suicida
ou se é melhor aprender
a usufruir desta vida.
Do erro fazemos escola
e apesar de tudo perdido
prestes a pedirmos esmola
à busca de outro sentido
quase rota a sacola...
Erguemo-nos sem nunca ter
percebido nem lido
qual seria essa mola
nesta energia que assola
e que nos ergue após caídos
sem nos sentirmos esvaídos
quando o infortúnio bate à porta
com a alma quase morta.
Com confiança nos erguemos
sempre em união permanente
na esperança que a toda a gente
devemos.
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