Amiga... Não pergunte o porquê...
Amiga... Não pergunte o porquê
Do meu silêncio, do meu sumiço...
Nem precisa perguntar para ninguém,
Pode apagar... Esquecer tudo isso...
Você é mais uma meio amiga,
Que deixarei lá no passado...
Meio amiga, é também inimiga.
Causa-me ojeriza esse contato...
Entretanto, e finalmente, a máscara
Da santidade e da bondade caiu...
Restou-me, apenas e tão-somente,
A grande dor que meu peito oprimiu...
Meio amiga não é nada... Jamais o será,
Meio amiga é meio mulher, meio monstro,
É metade infelicidade e o resto inveja...
Plantando negras sementes de desgosto!
Calo-me... Calarei e seguirei em frente...
E Deus, na solidão do seu quarto...
Há de indagar sobre os seus atos...
Diga-lhe porque me magoou de fato!...
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