HORAS DESERTAS
Na deserta estrada das horas
Emoções perdidas em desencontros,
Nas tantas inseguranças do agora
Em nenhum tempo me encontro.
Corpo nu e vazio, que se esgueira
No silêncio cortante das madrugadas,
Alma na cumplicidade dessa cegueira,
Emudecida em agonia, encarcerada...
Esperança consumida, ressequida,
Tombada no solar sombrio da solidão.
Olhar extenuado e distante da vida,
Perdido nos umbrais da escuridão,
Velando contrito a inútil sobrevida
Do amor agonizando em sua prisão...
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