domingo, 30 de setembro de 2007

DE MÃOS DADAS COM A INDIGNAÇÃO

A primeira reação é virar o rosto,

desviar os olhos para não ver,

tampar os ouvidos para não escutar!

Não pensar para não entender,

tantas são as desilusões, os desgostos,

que o espírito fica a cada dia mais arisco,

a vontade é fugir, desaparecer,

buscar outros mundos, outras convivências.

O coração que não aceita o perdulário egoísmo,

pinta a cara, protesta!...

Ofensas gratuitas a desvirtuar o amor,

denegrir espaços, ferir corações,

num tal fogo cruzado, sem que os lados

tenham a preocupação a quem atinge...

É a guerra das vaidades a comandar a razão,

ferindo, destruindo!...

Entende-se como sendo

o RESPEITO, uma lei primária, nata!...

- Quando o homem entenderá isso?

Quando poderemos deitar e levantar em paz,

sabendo que o bem é praticado sem distinção?

Que tudo se constrói com bases no amor?

Que a felicidade

está mais em dar do que em receber?

Olhe para dentro de ti,

veja o que tens feito pela paz no mundo,

Pela harmonia ao teu redor!...

Se em ti tens plantado amor ou ódio...

Quanto tens acusado, quanto tens perdoado!...

A indignidade está com quem fomenta o horror!

Faz circo com a fraqueza alheia...

Bebe o sangue do vencido e do vencedor...

Não adianta virar o rosto, nem tampar os ouvidos,

os resultados estão na pele, nos órgãos internos,

haverá a hora do juízo final,

e nele não precisaremos dos sentidos,

o Julgamento será o fiel resultado de atos praticados.

Humanize-se!... A recompensa ou a cobrança,

estarão no transpor a porta,

e nesse momento todos, sem exceções,

estarão despidos de suas vestes,

restará a alma nua, os feitos expostos,

para, sem apelação, enfrentar

um julgamento sem discursos,

uma sentença silenciosa...