domingo, 15 de fevereiro de 2009

SINAIS

Conta-se que um velho árabe analfabeto orava com tanto fervor e com tanto carinho, cada noite, que certa vez, o rico chefe de grande caravana chamou-o a sua presença e lhe perguntou:



- Por que oras com tanta fé?

Como sabes que Deus existe, quando nem ao menos sabes ler?



O crente fiel respondeu:

- Grande senhor, conheço a existência de Nosso Pai Celeste pelos sinais dele.



- Como assim? - indagou o chefe, admirado.



O servo humilde explicou-se:

- Quando o senhor recebe uma carta de pessoa ausente, como reconhece quem a escreveu?

- Pela letra.



- Quando o senhor recebe uma jóia,

como é que se informa quanto ao autor dela?

- Pela marca do ourives.



O empregado sorriu e acrescentou:

- Quando ouve passos de animais, ao redor da tenda, como sabe, depois, se foi um carneiro, um cavalo, um boi?

- Pelos rastros - respondeu o chefe, surpreendido.



Então, o velho crente convidou-o para fora da barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a Lua brilhava, cercada por multidões de estrelas, exclamou, respeitoso:



- Senhor, aqueles sinais, lá em cima, não podem ser dos homens!



Nesse momento, o orgulhoso caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se na areia e começou a orar também.



Deus, mesmo sendo invisível aos nossos olhos,

deixa-nos sinais em todos os lugares:

na manhã que nasce calma, no dia que transcorre com o calor do sol ou com a chuva que molha a relva...

Ele deixa sinais

quando alguém se lembra de você,

quando alguém te considera importante...

Quando alguém merece seu carinho,

quando alguém lembra de te enviar um e-mail...

e diz a você o que de melhor poderia dizer:



DEUS TE ABENÇOE