domingo, 1 de fevereiro de 2009

EM FAMÍLIA

“Aprendam primeiro a exercer piedade para com a sua própria família e a
recompensar seus pais, porque isto é bom e agradável diante de Deus.” — Paulo.
(1ª EPÍSTOLA A TIMÓTEO, CAPÍTULO 5, VERSÍCULO 4.)

A luta em família é problema fundamental da redenção do homem na Terra. Como
seremos benfeitores de cem ou mil pessoas, se ainda não aprendemos a servir cinco
ou dez criaturas? Esta é indagação lógica que se estende a todos os discípulos
sinceros do Cristianismo.

Bom pregador e mau servidor são dois títulos que se não coadunam.
O apóstolo aconselha o exercício da piedade no centro das atividades domésticas,
entretanto, não alude à piedade que chora sem coragem ante os enigmas aflitivos, mas
àquela que conhece as zonas nevrálgicas da casa e se esforça por eliminá-las,
aguardando a decisão divina a seu tempo.

Conhecemos numerosos irmãos que se sentem sozinhos, espiritualmente, entre os que
se lhes agregaram ao círculo pessoal, através dos laços consangüíneos, entregando-se,
por isso, a lamentável desânimo.

É imprescindível, contudo, examinar a transitoriedade das ligações corpóreas,
ponderando que não existem uniões casuais no lar terreno. Preponderam aí, por
enquanto, as provas salvadoras ou regenerativas.

Ninguém despreze, portanto, esse
campo sagrado de serviço por mais se sinta acabrunhado na incompreensão.
Constituiria falta grave esquecer-lhe as infinitas possibilidades de trabalho iluminativo.

É impossível auxiliar o mundo, quando ainda não conseguimos ser úteis nem mesmo a
uma casa pequena — aquela em que a Vontade do Pai nos situou, a título precário.

Antes da grande projeção pessoal na obra coletiva, aprenda o discípulo a cooperar, em
favor dos familiares, no dia de hoje, convicto de que semelhante esforço representa
realização essencial.