SEMPRE NATAL
“Glória a Deus nas alturas, paz na Terra,
boa vontade para com os homens.”
(Lc, 2:14.)
É Natal, novamente...
Enternecem-se corações, voltam a sorrir rostos em uníssono, mesmo os que tentam permanecer indiferentes, por descuidados de si próprios...
Sinos interiores fazem suave musicalidade trazendo alento novo à Vida, que ganha inusitada coloração, em Dezembro...
Há mais calma nas ruas, maior generosidade no trato; dilatam-se a compreensão e o carinho entre todos, a gentileza suaviza vozes e expressões...
Nota-se, na maioria das pessoas, alegria; tocada, porém, de suave, mas insistente, compreensível tristeza. É que nem todos os corações estão em júbilo, pois há fome, desamparo, dissensões, guerras...
A grande família humana não se harmonizou ainda, e a dor que se demora entre as paredes vizinhas, impede a felicidade do seu próximo.
Também ocorre tal estado melancólico porque o ser dá-se conta de que o tempo passou celeremente, e ele, que no Dezembro anterior prometera-se melhoras, permanece o mesmo... O convite incomparável de há vinte séculos repete-se mais veemente a cada final de ano, e a criatura renova promessas, no tempo que não se detém...
É como se o Sublime Pastor se fizesse mais próximo, para novamente cantar alvíssaras para os ouvidos desatentos da humanidade.
Ele a quer para Si, para fazê-la venturosa.
Dezembro, é Natal! ...
Regurgitam as lojas multicores, os centros de compra; o dinheiro adquire regalos e comodidades; programam-se viagens; iluminam-se postes, árvores, fachadas residenciais... Os dotes espirituais, menos festivos, permanecem aguardando maior consideração, desenvolvimento...
As velhas - sempre novas canções -, que desde pequeninos nos embalaram os corações por essa época, fazem-nos recordar as vozes adoradas de nossas mães, no honrado Lar paterno...
Não é, o Natal, uma data, apenas; é estado de espírito, é promessa de feliz reencontro que se fará definitivo, um dia...
MERRY CHRISTMAS! ...
FELIZ NAVIDAD! ...
FELIZ NATAL! ...
No firmamento brilham as luzes da Divina Esperança.
O Sublime Zagal espera...
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