sexta-feira, 21 de março de 2008

Sinfonia de Outono...

É outono... a mágica estação do ano em que a natureza revela um especial esplendor.
Calmamente vou adentrando a alameda de plátanos dourados.
Um tapete amarelo-avermelhado espalha-se a meus pés...

...por onde sigo pisando tão calmamente, como num caminho perfeito,
num vagar calculado, com o firme propósito de saborear esses momentos
de pura e encantadora magia...
Um cenário perfeito para reflexões e versos que me me vêm à mente...


Imagino se existe um portal no paraíso... então este deve ser o portal do paraíso...


Longos soluços dos violinos de outono
Ferem meu coração com langor monótono...
E choro, quando ouço, ofegando, bater a hora,
lembrando os dias, as alegrias e ais de outrora.
E vou-me ao vento que, num tormento
me transporta de cá para lá, como faz a folha morta.
(Verlaine)
.

"O amor muda como as folhas das árvores no outono.
E, se eu for capaz de entender isto, serei capaz de amar."
(Emily Brönte)


O renovar das estações é necessário à natureza,
assim como o renovar da esperança em nossos corações...


Que nossas almas possam refletir a paz do universo
como o reflexo das árvores
numa tarde límpida de outono...


Explosão de alegria, profusão de cores,
Como foi um dia
a explosão de meus amores...


Folhas de outono...
Nas árvores, nos ares, no chão.
Folhas de outono em sua derrareira e incomparável glória,
exalando um aroma adocicado, de flutuante despedida.


O arvoredo transpira as carícias dos ninhos,
e o vento a cirandar na curva das estradas
eleva o folharéu no espaço em redemoinhos...
(Araujo Jorge)


Há um córrego a levar as folhas secas em bando...
- e à aragem que soluça entre as ramas curvadas,
parece que o arvoredo em coro está chorando!...